sábado, 9 de dezembro de 2017

Qbox


Nome: Qbox
Editora: NA
Autor: thEpOpE
Ano de lançamento: 2017
Género: Acção
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Número de jogadores: 1

Tal como se esperava e já tínhamos dado a entender em Agosto último quando fizemos a preview de Qbox (pode ser vista aqui), este abriu as portas para uma nova dimensão de jogos criados com o Arcade Games Designer. De facto, quando este útil motor apareceu, estava-se muito longe de imaginar que se conseguiria criar jogos do género de Gyroscope ou Marble Madness. Mas o facto é que permite, e Qbox vem provar isso mesmo.

Mas comecemos pela história: estamos no ano 2525 (terá ido buscar inspiração às músicas de Zager and Evans, Visage ou Project Pitchfork?), e sem sabermos como, fomos parar ao Universo Qbox. O que nos lembramos da nossa existência anterior é muito vago e além disso temos um aspecto esférico e frágil. Só que em Qbox tudo é cúbico, o que não condiz com a nossa nova forma.  Para escaparmos deste estranho Universo, temos que apanhar todos os qBITos e alcançar a pirâmide que nos transporta para novos níveis, e, no final, rumo ao nosso universo.


Está dado o mote para um dos mais originais jogos a surgir este ano. Neste mundo isométrico vamos ter que explorar todos os pontos, mais do que uma vez, até, pois os qBITos terão que ser recolhidos numa certa ordem (estão numerados de 1 a 6), sem nos deixarmos apanhar pelos muitos inimigos que povoam o Universo Qbox e que nos roubam um pouco da nossa limitada energia, se por acaso lhes tocamos.

Devemos também ter o cuidado de não cair no vácuo ou nas muitas armadilhas que foram deixadas em Qbox. Estas têm as formas de alçapões que se abrem e fecham (estão a imaginar o que acontece quando entram num que esteja aberto?), piso rachado que se pode transformar num buraco se lá aterramos de grande altura, plataformas deslizantes que nos arrastam num único sentido e bombas que explodem ao fim de algum tempo, mais uma vez deixando um buraco no piso. Para nos ajudar, lá vamos encontrando um ou outro kit médico, mas que são em número demasiado pequeno para todos os contratempos que vamos encontrar.


Se por estarmos perante um novo conceito em termos de jogos criados com o AGD, isto poderia vir a ter consequências nefastas em termos da jogabilidade, podem desde já tirar o cavalinho da chuva. É que Qbox está tremendamente bem implementado, com um grau de dificuldade muito bem ajustado e com uma movimentação da esfera perfeita. Apenas lhe falta a inércia, como acontece em alguns jogos do género, mas as dificuldades já são bastantes sem isso, pelo que até foi bom não a contemplarem.

Por outro lado, apesar dos cenários serem monocromáticos, a sensação que temos é mesmo de estarmos perante um mundo muito estranho. As plataformas criadas e pelas quais temos que obrigatoriamente de nos movimentarmos, estão muito bem desenhadas (contando com a ajuda de Errazking para os gráficos), mais uma vez contribuindo para todo este conceito inovador de Qbox. E que dizer do som que é uma pequena maravilha?

Com tudo isto, foi por um triz que Qbox não alcançou o galardão de Mega Jogo, reservado apenas para aqueles que nos enchem as medidas. Mas tendo andado lá muito perto, isto desde logo atesta a sua qualidade. Ainda mais sendo gratuito, podendo vir aqui ser descarregado.

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